Introdução
A carreira de astronauta envolve muitos riscos. Apenas um número limitado de pessoas sonha em deixar a Terra e, de fato, consegue realizar esse sonho. Este é o caso de Butch Wilmore e Suni Williams, astronautas da NASA que participaram da primeira missão tripulada da Starliner rumo à Estação Espacial Internacional (ISS) em junho deste ano. No entanto, dois meses depois, eles enfrentam uma situação preocupante: estão “presos” no espaço.
Uma Missão Desafiadora
A missão de Wilmore e Williams na Estação Espacial Internacional (ISS) deveria durar apenas oito dias. No entanto, devido a um vazamento de hélio na nave espacial Boeing Starliner, eles terão que permanecer até pelo menos fevereiro. Atualmente, eles estão a cerca de 320 km acima da Terra, racionando recursos e reciclando urina para obter água potável.
Desafios e Soluções
A astronauta Megan Christian, da equipe de reserva da Agência Espacial Europeia, comentou que a situação é delicada, mas que ambos estavam preparados para missões longas. “Eles estavam prontos para enfrentar adversidades. O espaço é desafiador, essa é a nossa realidade,” disse ela. Reutilizar urina e usar toalhas molhadas para higiene são estratégias cruciais para sobreviver em um ambiente confinado.
Riscos da Permanência Prolongada
Segundo Christian, os maiores desafios no espaço são a ausência de gravidade e a radiação. Mesmo com os escudos da ISS, Wilmore e Williams estão expostos a um certo nível de radiação solar, o que aumenta o risco de doenças como câncer. A falta de atividade física também é preocupante, pois a ausência de gravidade afeta músculos, ossos e o sistema cardiovascular. A ISS possui uma academia, e é recomendado que os astronautas se exercitem por 90 minutos diários.
Previsão de Retorno
Apesar da situação complicada, ainda não há uma data concreta para o retorno de Williams e Wilmore à Terra. A NASA estima que eles possam voltar em fevereiro, após testes e reparos nos propulsores e no vazamento de hélio da nave. Até lá, os astronautas enfrentarão dias desafiadores na ISS, utilizando estratégias para otimizar recursos e lidar com a espera e possíveis problemas de saúde mental.